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Síria diz que relatório da ONU sobre direitos humanos é tendencioso

Damasco, 12 mar (Prensa Latina) A Síria afirmou que o relatório apresentado em Genebra pela Comissão de Investigação Internacional sobre Direitos Humanos não é imparcial e contém erros, e o criticou por ter ignorado dados do Governo sobre os ataques terroristas de grupos mercenários que atuam no país.

Durante o debate sobre o relatório, o delegado sírio perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, doutor Faisal Al-Hamwi, criticou a Comissão por não ter se preocupado em várias ocasiões em fazer uma leitura adequada da complexa situação geopolítica da região, segundo a imprensa nacional. Segundo Al-Hamwi, “a entidade se deixou levar pela tendência de uma repugnante campanha incitadora, sectária e étnica, que a sociedade síria repudia”.

A Comissão reconheceu ter entrevistado centenas de membros da chamada oposição dentro e fora do país, mas que não fez o mesmo com cidadãos que apoiam as autoridades, fazendo com que os depoimentos apresentados sejam unilaterais e não confiáveis para explicar os fatos, sublinhou.

O diplomata sírio questionou o fato da Comissão ter confirmado que alguns Estados proporcionam apoio financeiro e material aos grupos armados, mas evitou mencionar os nomes ainda que sejam mais que conhecidos, com Catar à frente, assinalou.

A Comissão confirmou a existência de operações de contrabando de grandes quantidades de armas através das fronteiras sírias, mas se absteve de apontar à Turquia como responsável, país que abriu suas fronteiras plenamente à passagem de mercenários e estabeleceu bases para estes em seu território, sublinhou.

De igual maneira, Al-Hamwi denunciou o fato do relatório ter se referido à deterioração da situação econômica e humanitária e à destruição da infraestrutura, mas não mencionou os ataques terroristas de grupos ligados à rede Al-Qaeda, como o Frente Al-Nusra, contra hospitais e ferrovias, incêndios de plantações, sabotagens a plantas de energia, escolas, universidades e outras infraestruturas, segundo os meios de imprensa.

O delegado no Conselho de Direitos Humanos explicou que a Comissão em suas conclusões e recomendações ignorou as causas da deterioração da situação nesta nação, o que leva a sanções unilaterais injustas, impostas por países árabes e ocidentais sobre o povo, explicou.

Al-Hamwi enfatizou que Damasco deu muitas oportunidades à Comissão de Investigação para demonstrar sua objetividade e retificar seus erros, mas que ela “continua ignorando o papel imoral que desempenham os países patrocinadores de terrorismo na Síria”.

Por esta e outras razões, Damasco conclui que falta profissionalismo e credibilidade aos relatórios da Comissão.

O diplomata sírio considerou por último que a conspiração contra seu país chegou a um beco sem saída e destacou a disposição do governo a estabelecer um diálogo nacional amplo entre todos os componentes de sua sociedade sem ingerência, destacaram as fontes.

 

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